A Oração dos 40 anos

foto (82)Grupo 1: Queremos, Pai e Mãe amados, no topo da colina dos 40 anos, celebrar a nossa memória. “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4,20).

Todos: – ‘‘Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos’’.

Grupo 2: Como ação organizada da Igreja, florescemos e crescemos pelos vales de muitos cantos, vestida de diversas cores, levando no peito um coração vermelho de Igreja acolhedora e profética. Celebrar esta memória é uma lição de Bíblia que carregamos em nós.

Todos: – ‘‘Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.’’

Grupo 1: Sempre procuramos ter um coração de pobre, cheiro de terra, carinho por tudo, cantando e sofrendo as milhares de dores das juventudes, com a bandeira tremulando em cores de libertação.

Grupo 2: Brotamos e crescemos no Nordeste com suas Virgens Marias, seus mártires, seus Henriques, seus poços vazios, suas fomes e alegrias. Que nos abençoem as juventudes daquelas terras com seus Helders, Margaridas e Zumbis!

Todos: – ‘‘Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.’’

Grupo 1: Brotamos e crescemos no coração do Brasil se esticando para o oriente, em meio aos pantanais e cerrados, aprendendo que a dor não é menor que em outros terreiros.

Grupo 2: Que o sangue de todas as juventudes exterminadas nas goianas e naquelas imensidões, nos abençoe com a ajuda dos Florisvaldos, dos Gisleys e Albanos!

Grupo 1: Entre as muitas distâncias, no meio de cajueiros, junto com os santos e santas daquelas terras, caminhamos no Caminho da Trindade, a melhor das comunidades…

Todos: – ‘‘Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.’’

Grupo 2: Trindade querida, brotamos e crescemos em meios às águas e aos verdes do norte com Círios, Parintins e ribeirinhos. Terra de lutas e seringueiros corajosos, de Chicos Mendes, Josimos e juventudes valorosas sonhando com aiakás e ecologias respeitadas.

Grupo 1: Nem falamos das Mães Terras nem das Pachamamas que moram no coração do Norte e nem sabemos os nomes de tanta gente que soube dar a vida pelo que acreditavam.

Todos: – ‘‘Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.’’

Grupo 2: Senhor das Dores e das Vitórias, quantas memórias bonitas no meio de tudo que é mineiro, capixaba, terra abençoada pelas Lapas, profetas e inconfidentes e por todas as santas padroeiras e madrinhas que fazem do coração da juventude um oratório!

Grupo 1: É pouco recordar os Lucianos, as Nhás Chicas, os José Mauros e a multidão de tantas juventudes que desejavam e desejam viver. Queremos celebrar o aqui e o acolá, os uais e os ós. Tanta dor, tanta alegria que ninguém sabe contar.

Todos: – ‘‘Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.’’

Grupo 2: No topo da colina dos 40 anos, Pai e Mãe queridos, enxergamos os planaltos onde se deu uma das primeiras vontades de articular-se e de sonhar uma proposta de evangelização da juventude em nossa terra.

Grupo 1: Que a Virgem de Aparecida e da Piedade representem todas as Marias que a juventude sabe carregar em procissão, cantando a coragem do Magnificat.

Grupo 2: No “livro das memórias” (Ex 17, 14) não podem ser esquecidas as batalhas dos pinhais, das sojas, dos sem-terra, dos sambaquis, dos contestados, dos Iguaçus e de todas as caminhadas que a Pastoral da Juventude fez lutando pela terra, pela ecologia, pelas águas e pelo direito de ser feliz.

Todos: – ‘‘Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.’’

Grupo 1: Recordar e celebrar 40 anos não é coisa ultrapassada! Malditos os que desejam pisotear nossa identidade. No alto da colina dos 40 anos enxergamos as coxilhas, as juventudes querendo espaço, estudo, direito e dignidade sempre com as bênçãos das Fátimas, das Medianeiras, das Caravaggios acompanhadas de Loivas, Lauras, Raquéis, Celsos, Ruis, Sinésios e juventudes se encontrando num instituto que foi a casa deles e delas durante 30 anos, todos querendo caminhar.

Todos: – ‘‘Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.’’

Grupo 2: “Nossa alma suspira pelo teu nome, Senhor, e tua lembrança” (Is 26, 8) porque vamos aprendendo a celebrar, todo dia, a memória da doação que aprendemos de Jesus Cristo, nosso Irmão.

Todos: – A celebração da memória não é só uma opção; é festejar a característica do coração do Povo de Deus com Améns, Axés, Aleluias de uma Pastoral que deseja continuar a ser Igreja Jovem, movida pelo Espírito.

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