Grito dos Excluídos se aproxima

Movimentos sociais e populares continuam os preparativos para as manifestações do Grito dos Excluídos, que será realizada no dia 7 de setembro, em diversas cidades brasileiras. Com o tema "Vida em primeiro lugar, Direitos e Participação Popular", as organizações querem mostrar ao governo que necessitam de políticas públicas eficazes direcionadas para a realização da reforma agrária e agrícola, da reforma tributária e de uma efetiva distribuição de renda.

Em diversos estados do país, as entidades continuam com os preparativos. Amanhã (23), será realizado o Seminário de Formação sobre o tema do Grito, em Belo Horizonte (MG), no Santuário da Nossa Senhora da Conceição. Em julho, ocorreu o I Encontro Microrregional do Grito e Assembléia Popular, em Manaus (AM). Em Belém, foi realizada a Plenária Estadual dos Articuladores do Grito. Em Piracicaba (SP), o Encontro Diocesano, em junho, também serviu para programar as atividades no estado.

Promovido pela Pastoral Social da Igreja Católica, com o apoio do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e de movimentos sociais, o Grito dos Excluídos constitui-se numa mobilização com três sentidos: denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social; tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.

O Grito se define não como um movimento nem como uma campanha, mas como um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças. As atividades são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos – e se estendem por todo o território nacional.

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