Buscar este Deus que se deixa encontrar…

 

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1a Leitura (Is 58,7-10) | Salmo 111 | 2a Leitura (1Cor 2,1-5) | Evangelho (Mt 5,13-16)

Buscar este Deus que se deixa encontrar…
Este final de semana celebramos o quinto Domingo do Tempo Comum, é no Evangelho de hoje (Mt 5,13-16) que Deus nos envia como Sal e Luz para o mundo. É Ele quem envia, cuida e espera uma resposta positiva às expectativas que Ele deposita em nós, somos comparados com coisas visíveis e de fácil acesso, qual seria a intenção de Jesus em comparar seus seguidores (discípulos e discípulas)? O que afinal se espera de nós com coisas tão cotidianas?

Detrás destas imagens se encontram a discreta e oculta sabedoria evangélica, o desgaste, o misturar-se… A luz (vela) que se consome em sua própria chama, o sal que misturado ao alimento dá sabor e assim é consumido. Será que reconhecemos e vivemos nossa condição de chamados?

Você sente ou reconhece em algum momento de tua história a confiança que Deus tem em Ti?

Sal só tem sentido se misturado na medida certa, pois pode estragar a comida, a saúde, o sabor… bem como a luz que tem sentido se se ilumina, em excesso é destruidora, nociva..

Será que temos a consciência distinta da nossa presença diante de Deus?

Na sociedade em que vivemos e com a mentalidade que nos acompanha parece ser pouco ser sal e luz, muitas vezes semelha-se até ridículo equiparando com tantas outras possibilidades de se ser. É curioso perceber como a dinâmica evangélica dá importância aos sentidos, até porque, somos um todo e nossos sentidos são filtros do que se encontra em nossa volta, aqui neste relato bíblico as figuras (luz e sal) são aguçados pela visão e paladar, há necessidade de se ter Luz para guiar os passos, para orientar-nos diante das escuridões diárias. Imagine uma jangada no mar bravio, em plena noite escura, sem estrelas e lua, senão houvesse um farol que mesmo distante oferecessem referência da terra firme, aqueles jangadeiros, se perderiam de seu destino e sairiam à deriva mar a fora; pensemos num alimento sem sal, insosso, ele não só dá sabor quanto também conserva o alimento para manter a qualidade.

Olhando as leituras deste domingo poderíamos nos questionar sobre nossa condição de Sal e Luz, se realmente somos sinais de esperança para os outros ou se já perdemos nossa utilidade, seja o sabor ou mesmo a serventia de iluminarmos. Quando os jovens na base, na escola, na rua, na comunidade, me vêem o que eles imaginam ao meu respeito, eu que estou engajado numa pastoral especifica, eu que uso vermelho, o anel de tucum, eu que canto mantras e que tenho toda uma “mística” oracional… Será que estou testemunhando o Reino? Será que estou iluminando as pessoas, com minha vida? Será que ajudo a conservar valores ou a dar um novo “sabor” na vida de tantos e tantas que vivem de maneira insossa sua vida cristã?

Não tenhamos medos de sermos úteis e de nos desgastar pelo Reino.

Por Pe. Rocélio Alves, Diocese de Tianguá

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